quinta-feira, outubro 20, 2005

Bons momentos!

Maus momentos, podem ser produtivos. Eu já tive a felicadade de passar por maus momentoss. Num desses momentos, escrevi:


Quando se ama demais, nunca se é verdadeiramente feliz. O amor deixa marcas que nunca se esquecem, e feridas que nunca saram.
Já amei. Já amei demais, e mais não amarei. E que melhor sítio para nos escondermos do amor, se não no ódio? Não o procurei, já cá estava. O amor e o ódio são um só, inseparáveis, mas só um se manifesta. O amor não presta, não nos deixa viver. O ódio mantem-nos vivos. A raiva dá-nos coragem.
Não se é feliz amando. Nem odiando, mas ao menos não nos sentimos coitados. Não amando, não se precisa de ninguém. Eu não preciso de ninguém. Enquanto me tiver a mim, tenho tudo o que preciso. Não odeio ninguém, não desejo mal a ninguém, ninguém me interessa o suficiente para isso. Não acredito que alguém goste de mim. Não desejo que ninguém me ame como eu amei, ninguém merece tal castigo. Toda a dor que já senti, foi por culpa de quem amei, por culpa de quem dizia que me amava.
Não percebo como há pessoas que ainda queiram amar. Idiotas. Sempre me foi fácil amar. Sempre amei, e que ganhei com isso? Sofrimento, desilusão, desespero.
Não espero encontrar ninguém que me faça feliz. Pra quê esperar? Eu estou bem comigo mesmo. Eu, a minha guitarra e as minhas letras. Amantes, tenho pena de vós. Quantas lágrimas ainda precisais derramar pra que percebeis que no fim nada resta que não ódio. Puro ódio, para o puro amor.



09 de Fevereiro de 2004 - 22:01

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