terça-feira, setembro 26, 2006

Física, mais uma vez... mas não só!

Cada vez gosto mais de física, e cada vez gosto mais de Richard Feynman. Estas férias li dois livros dele, "Está a brincar, Sr. Feynman" e "Nem sempre a brincar, Sr. Feynman". Já tinha lido o "QED: A estranha teoria da luz e da matéria", e agora estou a ler "O prazer da descoberta".

Gostei de todos (estou a gostar do que estou a ler), mas de um em especial: "Está a brincar, Sr. Feynman". É um livro soberbo. Não fala de física, mas sim do físico, do homem, do rapaz e das suas brincadeiras e problemas. Ri-me bastante a ler o livro, e desejei ser mais novo, ter 15 anos, e recomeçar a minha vida, vivendo um pouco mais à Feynman. Leiam!

Mal antigo.

De todas as doenças que se conhecem, aquela de que se tem um registo mais antigo é a lepra. Foi reconhecida pela primeira vez em 1350 a.C. e apesar da sua longa idade, só no início dos anos 80 se desenvolveu um tratamento rápido e eficaz contra ela.
A lepra (doença de Hansen) é uma infecção crónica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca os nervos periféricos, a pele, a membrana mucosa do nariz, os testículos e os olhos.
A forma de transmissão da lepra não é ainda conhecida, embora se saiba que quando uma pessoa gravemente doente com lepra espirra, as bactérias Mycobacterium leprae dispersam-se no ar. Cerca de metade das pessoas com lepra contraíram-na, provavelmente, através do contacto estreito com uma pessoa infectada. A infecção com Mycobacterium leprae provavelmente também provirá da terra, do contacto com animais como os mosquitos e percevejos.
Cerca de 95% dos indivíduos expostos à Mycobacterium leprae não contraem a doença porque o seu sistema imunitário combate a infecção. Naqueles em que isso não acontece, a infecção pode ser de carácter ligeiro (lepra tuberculóide) ou grave (lepra lepromatosa). A forma ligeira, ou seja a lepra tuberculóide, não é contagiosa.

Mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas pelo Mycobacterium leprae, principalmente na Ásia, na África, na América Latina e nas ilhas do Pacífico. Muitos dos casos de lepra nos países desenvolvidos afectam pessoas que emigraram de países em vias de desenvolvimento onde contrairam a doença. A infecção pode começar em qualquer idade, mas é mais frequente entre os 20 e os 30 anos. A lepra lepromatosa, a mais grave, é duas vezes mais frequente entre os homens do que entre as mulheres, ao passo que a forma mais ligeira, denominada tuberculóide, é de igual frequência num e noutro sexo.