quinta-feira, maio 28, 2009

Indocrinar...

Durante os últimos meses tenho tropeçado na palavra indocrinar, referindo-se à educação religiosa. Mas afinal, o que significa indocrinar? No contexto em que se encontrava, eu simplesmente a substituía por educar, e tudo fazia sentido, mas deve haver uma diferença. A melhor definição que encontrei está na revista Ribalta N.14 de 2008, pág. 53, escrito pelo doutor Óscar Chiva Bartoll (professor no IES Francesc Tàrrega de Vila-real) e pela doutora Mónica Esteve Sancho (professora no IES Francesc Ribalta). Aqui fica uma tentativa de tradução...

"O que distingue educação de indocrinação é o objectivo que se tenta alcançar em cada caso. Indocrinar faz referência a uma moral fechada baseada em receitas, que procura deter a capacidade de uma pessoa pensar por si mesma. Educar, por sua vez, baseia-se numa moral aberta baseada na autonomia, que procura incutir a capacidade de pensar, julgar e decidir por si próprio. Indocrinar identifica-se com a palavra latina educare, que significa guiar, conduzir. Por sua vez, educar identifica-se com outra palavra latina muito parecida, mas substancialmente diferente: educere, que significa fazer sair, criar."

domingo, maio 24, 2009

Cem anos de descobertas!

Os mais importantes progressos da ciência no séc. XX foram fundamentais para o desenvolvimento e criação da Genética, Cosmologia, e Astrofísica; transformaram o nosso entendimento do Universo e melhoraram a nossa qualidade de vida. Então aqui vão as provas de quanto o conhecimento humano avançou ao longo do séc. XX:

sábado, maio 23, 2009

Na América...



Quando pensamos na cultura dos EUA, o que nos vem à cabeça são… armas, 11 de Setembro, McDonald`s, Obama (vamos ignorar o Bush), dólar… e mais mil e uma coisas que temos como familiares. O facto curioso é o grande desconhecimento que temos relativamente ao país que se intitula de “dono do mundo”, mais concretamente ao fanatismo religioso que é vivido em algumas partes deste.

quarta-feira, maio 20, 2009

Anti-semitismo

"É por isso que creio agir segundo o espírito do Omnipotente, nosso criador, pois:
Defendendo-me contra o judeu, combato para defender a obra do Senhor."

in Mein Kampf, capítulo 2

terça-feira, maio 19, 2009

Oração...

Há três anos atrás foi feito um estudo chamado "Estudo dos Efeitos Terapêuticos da Prece Intercessora" (Study of the Therapeutic Effects of Intercessory Prayer - STEP, em inglês), para tentar avaliar os efeitos na saúde de pessoas pelas quais alguém está a rezar. Se uma pessoas rezar para si própria, o efeito placebo pode entrar em acção. O mesmo acontece quando sabemos que alguém está a rezar por nós. Mas e se não soubermos que estão a rezar por nós? Nesse caso, não podemos falar do efeito placebo, e podemos então tirar algumas conclusões. Foi isso que o estudo tentou fazer, usando pacientes a recuperar de uma operação ao coração.

O teste foi feito em 6 hospitais, e em 1802 pacientes: 604 pacientes receberam orações, depois de informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 1); 597 pacientes não receberam orações, depois de terem sido informados que poderiam ou não recebê-las (grupo 2); por fim, 601 pacientes receberam orações, depois de terem sido informados de que as iriam receber.
Todos os pacientes eram cristãos, e todas as orações eram iguais, e individualizadas (pediam a recuperação de uma pessoa em especial).

Ocorreram complicações em 52% dos pacientes do grupo 1 (receberam orações, mas não sabiam), em 51% dos do grupo 2 (não receberam orações, mas não sabiam), e em 59 % dos do grupo 3 (receberam orações e sabiam)...
Portanto... não existe diferença entre o grupo 1 e o grupo 2: a oração não tem efeitos na recuperação dos pacientes; e o grupo 3 teve mais complicações que o grupo 1: os pacientes que sabiam que alguém estava a rezar por eles tiveram mais complicações (embora uma diferença não muito grande).

quinta-feira, maio 14, 2009

Porcos complicados...

B. A. Baldwin e G. B. Meese treinaram dois porcos numa caixa Skinner (uma gaiola onde os animais aprendem a alimentar-se puxando uma alavanca que faz cair alguma comida). A alavanca estava numa extremidade da gaiola, e a calha onde caía a comida na outra extremidade, portanto os porcos tinham de puxar a alavanca e depois correr até ao outro lado da gaiola para poderem comer. Os porcos estabeleceram uma hierarquia estável: havia um porco dominante e um porco subordinado. Durante a experiência observaram que um porco, que vamos chamar "escravo" ia sempre carregar na alavanca, enquanto que o outro, o "amo", ficava à beira da calha, à espera que a comida caísse, e esses papeis nunca se invertiam. Mas, embora o óbvio seria pensar que o "escravo" era o porco subordinado, e o "amo" o porco dominante, era exactamente o contrário que se observava: o dominante ia sempre carregar na alavanca, e o subordinado ficava sempre à espera da comida... Parece uma contradição, mas se pensarmos bem, não o é. Se o porco dominante ficasse à espera da comida, e o porco subordinado fosse carregar na alavanca, quando chegasse à beira comida, estava lá o porco dominante estacado, não o deixando comer, por isso ele não tinha motivações para continuar a carregar na alavanca, e desistiria de o fazer. Diz-se que a estratégia não era estável. Mas se, pelo contrário, o porco subordinado se mantivesse à beira da calha da comida, quando o porco dominante fosse carregar na alavanca, ele poderia comer, enquanto o dominante não chegasse à beira dele e o expulsasse, momento a partir do qual a comida passava a ser do dominante. Neste caso ambos os porcos poderiam comer, e a estratégia diz-se estável.

sexta-feira, maio 01, 2009

Verzul

Já pensaram que todas as pessoas podem ver as cores de diferentes... cores??? Cada cor tem uma frequência bem definida. Um determinado tom de vermelho tem frequência 450 THz, e um determinado tom de azul tem frequência 650 THz. Portanto, por aqui não pode haver ambiguidades. Mas... imaginem que o João é um bebé, cujos olhos, por algum motivo ainda não estudado, troca as frequências 650 THz e 450 THz, isto é: quando chega aos seus olhos a cor vermelha, o cérebro vê azul, e vice-versa. Nunca ninguém vai dar conta desse pormenor no dia a dia... Quando ele é pequeno, vão-lhe ensinar as cores: vão-lhe dizer que isto é vermelho, e isto é azul. Mas que diferença isso vai fazer? Nenhuma quando ele vir um semáforo vermelho (o nosso vermelho), vai ver esta cor , e vai dizer - está vermelho!

Se pensarmos um pouco, vemos que todos nós podemos ver o mundo de formas muito diferentes, mas se pensarmos ainda mais um pouco, vemos que isso pouca diferença faz...