quinta-feira, junho 15, 2006

Oceano (pouco) Pacífico

Depois de ter passado o tempestuoso Cabo Horne, Fernão de Magalhães entrou num oceano muito mais calmo. Baptisou-o de Pacífico.
É o maior oceano do nosso planeta (ocupa um terço da Terra), e é também o mais profundo. Tem 3940 metros de profundidade média. Mas será mesmo pacífico este nosso oceano? Por de baixo de toda aquela massa de água, o Pacífico está repleto de actividades sísmicas e vulcânicas. É lá que se encontra o "Anel de Fogo", ou sistema Circum-Pacífico que define uma enorme cadeia de vulcões que se encontram nos limites de placas tectónicas. O deslocamento dessas placas, juntamente com a actividade vulcânica dão origem às muito famosas Tsunamis (ondas enormes que se originam no alto mar, no epicentro de um sismo, e que se propagam em todas as direcções). Uma Tsunami pode viajar a cerca de 700 Km/h, e embora diminua de velocidade ao chegar à costa, a sua altura pode ficar 100 vezes maior. Quando o Krakatoa entrou em erupção originou uma Tsunami com 35 metros de altura. Morreram 36.800 pessoas.
Mas o Pacífico é também um sítio misterioso e desconhecido. É lá que se encontra o local mais profundo da Terra, a Fossa das Marianas. Tem 70 Km de largura e 2.500 Km de comprimento. O sítio mais profundo encontra-se a nada mais do que 11.034 metros da superfície. Um sítio sem luz, onde a temperatura é proxima dos 0ºC e onde a pressão é de 1.1 toneladas por cm2.
É assim o nosso Pacífico!

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