segunda-feira, junho 27, 2005

S. João e Gabriel García Márquez!

Já acabou o S. João. Este ano, passei a festa própriamente dita na invicta, e ainda fui à festa na minha aldeia nos dois dias seguintes. Já há 3 anos que lá não ia, e embora o divertimento seja diferente (ou de forma mais obtusa, menor), é muito bom ver algumas caras (e corpos) que já se não vêem há algum tempo. Ontem, por exemplo, estive com a Sara - gostei imenso de te ver -, que não via há quase dez (?) anos - como o tempo passa..., e já só por isso valeu a pena ter lá ido! Mas não foi tudo, claro. É no tempo de festa que, muitas vezes conseguimos ver um outro lado das pessoas, o que pode ser bastante interessante, ou mais ainda.
Bom, mas para o ano há mais, certamente, e até lá, há que saber colher o que de bom a experiência nos ofereceu - e por muito má que uma experiência seja, trás sempre algo de bom.

Uma outra experiência, não menos boa, é ler os livros do Gabriel. Ainda não acabei de ler "O amor nos tempos de cólera", mas não resisti a vir aqui por algumas palavras que me marcaram. Aqui vão:

"Bastou-lhe um interrogatório insidioso (...) para comprovar mais uma vez que os sintomas do amor são idênticos aos da cólera. (...) (Ela) comprazia-se nos sofrimentos do filho como se fossem seus. (...) agasalhava-o com cobertores de lã para iludir os arrepios, mas ao mesmo tempo encorajava-o a alimentar a sua prostração.
- Aproveita agora que és novo para sofreres o mais que puderes - dizia-lhe -, porque estas coisas não duram toda a vida."

"Tinham-se passado quase dois anos de correspondência frenática quando (...), numa carta de um só parágrafo, (ele) fez formalmente a proposta de casamento (...) Em pánico, (ela) correu a contar à tia (...)
- Responde-lhe que sim - disse-lhe -, mesmo que estejas morta de medo, mesmo que te venhas a arrepender, porque, de qualquer maneira, vais-te arrepender durante toda a vida se lhe responderes que não."

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