quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Compaixão na carne kosher e halal

Há um ano atrás a Dinamarca baniu a comida kosher e halal por questões relacionadas com o bem estar dos animais: para que a carne de um animal seja considerada kosher ou halal o animal deve estar consciente quando é abatido. A medida foi condenada pela população judaica e islâmica como sendo anti-semítica e islamofóbica, e rapidamente surgiram artigos em defesa dos métodos de morte usados nos matadouros kosher e halal. Num desses artigos pode ler-se: "a compaixão e o bem-estar dos animais são centrais a todo o processo" e "a velocidade e precisão da incisão assegura [a] perda imediata de consciência".

No mês passado o jornal The Telegraph publicou um vídeo gravado pelo grupo Animal Aid, com câmaras escondidas, onde se mostra um desses matadouro e onde se pode ver toda a "compaixão" com a qual os animais são tratados. O vídeo mostra animais a serem aterrorizados, a serem degolados não com um corte "veloz e preciso", mas sim com várias tentativas de corte (cinco num dos casos). Segundo Kate Fowler, da Aniaml Aid, é um dos vídeo com abusos "mais extremos" dos que a organização capturou.

A Halal Food Authority condenou a prática como sendo não representativa dos matadouros halal, e como sendo contrária à lei islâmica. Por outro lado, embora a percentagem de animais mortos em matadouros halal sem atordoamento seja de 20%, este número tem vindo a crescer devido a campanhas feitas por grupos islâmicos.

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